Na história do futebol brasileiro, não há derrota mais ruidosa que o 7 a 1. O malfadado "7 a 1"... uma expressão tão replicada país afora que já dispensa os complementos usuais: quem eram os rivais em campo, onde foi a partida, o que estava em disputa. Nada disso faz falta, ninguém tem dúvidas sobre o tema da conversa. Mas a mesma história pode sempre ser contada de várias formas – ou desde diferentes pontos de vista. No Mineirão, no dia 08 de julho de 2014, no jogo que valia passagem para a final da Copa do Mundo, quem estava do outro lado era a Alemanha. E para os alemães, aquele mesmo placar – ainda que inimaginável – também constituía um marco. Eles estavam escrevendo, ali, os últimos capítulos de sua trajetória de redenção: tinham visitado um inferno particular de campanhas pífias e derrotas vexaminosas e retornavam ao topo do futebol de peito estufado. Os aspectos mais interessantes dessa "ação de resgate" do futebol alemão, que se concluiria dias depois no Maracanã, formam a essência de Gol da Alemanha. Os coautores do livro, o espanhol Axel Torres e o alemão André Schön, partem de um extenso processo investigativo para responder as perguntas que todo o mundo do futebol vinha se fazendo: o que de fato aconteceu para que a seleção alemã e o Bayern de Munique, dois grandes símbolos do pragmatismo, acabassem se transformando em grandes referências.
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