
No final do século XIX, uma nova ciência se expandia: a antropologia criminal, destinada a detectar e agir sobre os chamados "perigosos". A sociedade dos "homens bons" criou práticas e representações para designar o povo desta outra cidade terrível: os excluídos, os indivíduos. No sul do Brasil, Porto Alegre não ficava alheia a esse debate e criou um Laboratório de Antropologia Criminal na Casa de Correção da cidade, onde realizava suas pesquisas com a população carcerária. Junto, foi criado um Laboratório Fotográfico, para que o estudo se debruçasse sobre as imagens dos criminosos. A descoberta desse material fez surgir assim uma ideia: perseguir essas vidas esquecidas, buscando os processos criminais dos presos, e cruzando as imagens, histórias e processos. Assim, este livro resgata as histórias de vida destes indivíduos considerados perigosos pela sociedade, e da instituição carcerária que os mantinham presos após o julgamento.
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