
A Guerra do Vietna fixou-se no imaginario ocidental como um conflito cruel, difuso, mediatizado ao extremo e intrinsecamente ligado as transformacoes da chamada "revolucao cultural" drogas, amor livre, ativismo politico e todo tipo de experimentacao. Essa representacao, construida por filmes, livros e cancoes durante os ultimos trinta anos, tem uma referencia fundamental: o livro Despachos do Front, visceral relato escrito pelo jornalista norte-americano Michael Herr sobre sua temporada no Vietna como correspondente da revista Esquire.
Considerado o mais brilhante tratamento literario sobre o Vietna, Despachos do Front usa uma linguagem "suja", repleta de giria, jargao militar e do linguajar grosseiro e deturpado dos marines, para transmitir o carater surreal de uma guerra pouco convencional, embalada por drogas e rock'n roll. Pois se o Vietna foi palco de crueldades desumanas e baixas numerosissimas, foi tambem, ironicamente, o lugar onde jovens vindos dos cantos mais remotos dos Estados Unidos escutaram The Doors, fumaram maconha e viveram, de certa forma, a experiencia de suas vidas.
Com sua brutal autenticidade e um estilo dramatico que seria mais tarde imortalizado no cinema, este livro cristaliza a experiencia de uma geracao inteira de norte-americanos, e merece um lugar de honra na colecao Jornalismo de Guerra.
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