Grandes nomes e personagens gaúchos são trazidos e levados pela corrente de consciência de Alcy, que inicia com “Gente da minha terra”, onde reverencia Erico e Mafalda Verissimo, Cyro Martins, Mozart Pereira Soares, Mario Quintana, João da Cunha Vargas e outros que viveram, escreveram e recriaram este mundo mágico, chegando até o “homem bom” Elvo Clemente e Eva Sopher, cujas mãos ressuscitaram o Theatro São Pedro. Trabalhando no espaço mítico e mágico do Pampa, mas sempre com dimensão universal, Alcy reverencia em “Gente de outras terras” Ernest Hemingway, Jacques Cousteau, De Gaulle, Malraux, Marguerite Yourcenar, Jean-Paul Sartre e, principalmente, Paris: “cidade universal, acalanto de visitantes e refugiados de todas as pátrias”, onde foi buscar a chama votiva da sua admiração pela liberdade e o amor à arte e à literatura. Grande parte de sua trajetória é revelada nestas crônicas, que considera “um exercício fundamental para o romancista”. Uma coletânea de textos admiráveis onde conta sua vivência no campo e em cidades importantes, locais em que exerceu e exerce sua múltipla atividade este homem capaz de afirmar: “para mim, o sentido da vida é acordar a cada manhã sorrindo e cheio de planos”. Não vou antecipar aqui o prazer do leitor em seguir a vida e a missão de Alcy Cheuiche, pois esta minha pequena nota de apresentação tem apenas o objetivo de convidar o leitor a penetrar num enorme campo de atrações e sugerir o mergulho numa rede múltipla de interesses e abordagens, como tem sido a vida deste notável escritor, que se integra na constelação dos melhores da moderna literatura brasileira.
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