Publicado pela primeira vez em 1935, “Nas sombras do amanhã” é o exame de uma civilização ocidental desmoralizada pela Primeira Guerra Mundial e às portas de uma Segunda Grande Guerra, que deixaria entre suas vítimas o próprio Johan Huizinga, morto em 1945. A polarização política e a ascensão de regimes totalitários baseados em princípios pseudocientíficos seriam os maiores sintomas da infantilização dos indivíduos e da decadência geral de toda uma cultura europeia, que terminaria (como Huizinga intui de forma quase profética) não com a vitória das utopias, mas em um verdadeiro “mundo esfacelado” de indivíduos isolados e impotentes contra os grandes regimes e em uma cultura cada vez mais empobrecida pelo tecnicismo e pela falta de um compromisso comum entre os homens. Trata-se de uma obra fundamental para entendermos como nossa cultura chegou até aqui e, principalmente, para onde o mundo (e, claro, o país) onde vivemos está caminhando.
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