Movimentos No Mundo Todo Contestam A Apropriação, Por Parte De Uma Oligarquia, De Recursos Naturais, Conhecimentos, Espaços E Serviços Públicos. Várias Lutas, Um Mesmo Princípio: O Comum. Dardot E Laval Mostram Que Esse Princípio Não Só Articula As Lutas Práticas Contra O Capitalismo E Os Estudos Sobre O Governo Coletivo De Recursos, Como Aponta Novas Formas Democráticas. O Comum Está Na Atividade Dos Seres Humanos, Porque Só A Prática Pode Decidir O Que é Comum E Produzir Regras De Responsabilização A Seu Respeito. Nesse Sentido, O Comum Demanda Uma Revolução. Nesta Obra, Os Autores De A Nova Razão Do Mundo (boitempo, 2016) Dão Sequência A Essa Renovação Da Crítica Social, Propondo Uma Alternativa Política Ao Neoliberalismo. Essa Emergência Do Comum Na Ação Pede Um Trabalho De Esclarecimento No Pensamento. O Sentido Atual De Comum Distingue-se Dos Diversos Usos Dessa Noção No Passado, Sejam Filosóficos, Jurídicos Ou Teológicos: Bem Supremo Da Cidade, Universalidade Da Essência, Propriedade Inerente A Certas Coisas, Ou, Até Mesmo, Fim Almejado Pela Criação Divina. Há, No Entanto, Outro Fio, Que Liga O Comum Não à Essência Dos Seres Humanos Nem à Natureza Das Coisas, Mas à Atividade Dos Próprios Seres Humanos: Apenas Uma Prática De Colocar Em Comum Pode Decidir O Que é Comum, Reservar Certas Coisas Para O Uso Comum, Produzir Regras Capazes De Submeter Os Seres Humanos. Nesse Sentido, O Comum Clama Por Uma Nova Instituição Da Sociedade Por Ela Mesma: Uma Revolução.
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