A partir de estudos contemporâneos a mente pode ser vista como um processo complexo, auto-organizado, construído na evolução da espécie e na experiência dos indivíduos. Levados por uma irrefreável busca por permanência e antecipação, sobrevivemos classificando o real, criando analogias e representações, processo que no homem se sofistica, e nos diferencia como seres racionais. A partir de evidências de áreas de estudo diversas, como neurociências, antropologia cognitiva, psicologia, robótica e inteligência artificial, nos questionamos: O que somos? além de memórias e ação por viver. O que é a razão? além de uma narrativa organizada para nossa prática no mundo. Estariam validadas cientificamente ideias concebidas por Nietzsche e Bergson há mais de cem anos? Para além de implicações epistemológicas, tal posição “de frente a si mesmo” traz implicações éticas e existenciais, no sentido de questionar nossa atitude perante o mundo e nós mesmos. Não são propostas explicações sobre o mental, mas novas perspectivas, buscando despertar reflexões decorrentes do olhar que o estudo da mente neste início de século nos proporciona.
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