Esta publicação busca respostas para uma inusitada questã a invenção do Nordeste, o surgimento de um recorte espacial, de um lugar imaginário e real no mapa do Brasil, que todos nós conhecemos profundamente, não importa de que maneira, mas que nunca pudemos imaginar com uma existência tão recente. E falar do Nordeste é inventariar os muitos estereótipos e mitos que emergiram com o próprio espaço físico reconhecido no mapa, composto por alguns estados e cidades. É mobilizar todo o universo de imagens negativas e positivas, socialmente reconhecidas e consagradas, que criaram a própria ideia de Nordeste. (...) É um livro de História duplamente de um lado, pelo tema que elege e que se enuncia pela primeira vez, que dá visibilidade à questão, que inaugura a problemá a invenção do Nordeste. De outro, pelo modo de produção historiográfica que propõe. As referências teóricas que informam este estudo, sem dúvida, se colocam como um grande desafio, pois demandam e inauguram novas práticas do fazer a História. Forçam a repensar a atividade do historiador e sua relação com o passado. Desestabilizam antigas convicções teóricas e políticas. Obrigam a nos darmos conta de que vivemos um movimento de desidentificação com a memória nacional e regional. Margareth Rago.
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