"Lula é Minha Anta", do jornalista Diogo Mainard, um dos mais polêmicos e conhecidos comentaristas da cena política brasileira, reúne uma coletânea de crônicas sobre o escândalo do mensalão publicadas pelo autor na revista Veja, da qual é colunista. Mas não se trata de uma reunião pura e simples dos primorosos textos de Mainard sobre os escândalos de Brasília. No livro, as crônicas são alinhavadas com comentários inéditos sobre os artigos que contam os bastidores do trabalho do colunista. O texto de orelha de "Lula é Minha Anta", escrito pelo próprio autor, é um prenúncio da leitura inteligente e prazerosa que se encontrará no livro: Lula é meu. Eu vi primeiro. Agora todo mundo quer tirar uma lasca dele. Até os jornalistas que sempre o apoiaram. Chamam-no de ignorante. Chamam-no de autoritário. Como assim? Lula tem dono. Só eu posso chamá-lo de ignorante e autoritário. O resto é roubo. Roubaram Lula de mim. Falei tanto de Lula nos últimos anos que quase me sinto seu amigo. Tão amigo quanto Roberto Teixeira, acusado de favorecer uma empresa que fraudava as prefeituras petistas. Tão amigo quanto Mauro Dutra, acusado de desviar verbas do programa Primeiro Emprego. Tão amigo quanto Francisco Baltazar, acusado de negociar com o doleiro Toninho da Barcelona. Tão amigo quanto Paulo Okamoto, acusado de montar o esquema de arrecadação paralela do PT. Duvido que todas essas denúncias sejam verdadeiras. José Dirceu garantiu que os petistas não roubam. Ou melhor, ele garantiu que os petistas não "róbam", roubando, inadvertidamente, a língua portuguesa.Quem melhor definiu Lula foi o próprio Lula. Ele disse: "Não fui eleito presidente por méritos pessoais ou como resultado da minha inteligência".
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