Em seu primeiro livro de nao ficcao, Comer animais, Jonathan Safran Foer, autor do premiado Tudo se ilumina, publicado pela Rocco, mergulha no mundo da chamada agricultura industrial nos Estados Unidos a criacao intensiva de aves, porcos e bois , assim como na pesca em larga escala e suas implicacoes para o meio ambiente. Apos tres anos de pesquisas, o resultado e um panorama assustador. Para que, levando em conta a inflacao, a proteina animal custe hoje mais barato do que em qualquer outro momento da historia americana, animais sao submetidos a maus- tratos e abatidos para o consumo deformados e doentes; ha pouco ou nenhum escrutinio publico e supervisao eficiente por parte das autoridades sanitarias; rios e cursos dagua subterraneos sao poluidos por excrementos e dejetos da producao, com os custos, no sentido mais amplo da palavra, repassados a sociedade; e os ecossistemas do planeta correm risco de colapso em um futuro nao tao distante.
Vegetariano esporadico, Safran Foer comecou a pensar mais seriamente em suas opcoes alimentares quando seu filho mais velho nasceu. A preocupacao com a origem da carne e a forma como e processada o levou a investigar a industria alimenticia e, apoiado em estatisticas do governo americano e em fontes academicas e industriais, ele teve a oportunidade de ouvir insiders do negocio, cientistas, membros de entidades defensoras dos direitos dos animais, chegando ate mesmo a invadir uma granja e a testemunhar as terriveis condicoes do local. Esse apanhado de dados e de arrepiar o mais devoto carnivoro: a industria de carne ocupa cerca de 1/3 das terras do planeta; o setor pecuarista e responsavel, globalmente, por 18% das emissoes de gas estufa; e um so metodo de pesca, o feito com espinheis, mata 4,5 milhoes de animais anualmente, incluindo 3,3 milhoes de tubaroes, 60 mil tartarugas marinhas e 20 mil golfinhos e baleias. Alem disso, a agricultura animal usa, a cada ano, 756 milhoes de toneladas de graos e cereais para alim
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