Puro, profano, livre dos nomes sagrados, é o que é restituído ao uso comum dos homens. Mas o uso aqui não aparece como algo natural; aliás, só se tem acesso ao mesmo através de uma profanação. Giorgio Agamben, “Elogio da profanação” O novo livro de Giorgio Agamben, Profanações, “trai” o leitor com a aparente simplicidade dos seus ensaios curtos. É uma coletânea sobre temas de estética, literatura e filosofia, como: pornografia, paródia, desejo, magia, natureza do autor, fotografia, entre outros. Mas, como em uma narrativa composta de episódios, de pequenas peças que se juntam conforme se avança na trama, os ensaios de Agamben revelam, em seu conjunto, uma discussão de fundo sobre estética e política. É um trabalho inovador, de um dos mais importantes e polêmicos filósofos da atualidade, autor de Estado de exceção (Boitempo, coleção Estado de Sítio) e Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Para a filósofa Olgária Matos, Agamben "segue as pegadas de Walter Benjamin" (de quem Agamben coordenou a publicação das obras completas na Itália). Trabalhando a simbologia das tradições e mitologias clássicas gregas e romanas, além da obra de Franz Kafka, Agamben desenvolve ensaios instigantes, que partem da natureza do indivíduo e das suas relações com a religião, as imagens, a criação e o poder para propor “a tarefa política da geração futura”: a profanação do improfanável. A edição brasileira traz ainda um índice dos princípais nomes e personagens citados e uma apresentação do tradutor, Selvino J. Assman, que situa Profanações na obra de Agamben e a relevância da obra do filósofo na atualidade. Sumário da obra Genius Magia e felicidade O Dia do Juízo Os ajudantes Paródia Desejar O ser especial O autor como gesto Elogio da profanação Os seis minutos mais belos da história do cinema
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