A quem realmente serve a nossa medicina? Quais são os interesses que, de fato, determinam as decisões na área da saúde? O conflito surgido com a implantação repentina do programa Mais Médicos, entre o Governo Federal e as entidades de representação da classe médica, só reforça a ideia de que o paciente talvez não seja verdadeiramente o foco da questão. Na obra, o pesquisador questiona se, na vida real, o principal objetivo da medicina contemporânea é de fato o paciente. Para Vianna, este é substituído pelo médico, pelo hospital, pela ciência, pelo plano de saúde, pela sociedade, ou, quando muito, pelo 'cliente consumidor'. Todo esse desvio ocorre em uma atmosfera já marcada pelo impacto do avanço tecnológico, agora agravado pela financeirização da medicina, com uma mais profunda e perversa deterioração da relação entre médico e paciente. O autor analisou como cada um desses componentes tem prioridade em relação ao paciente no sistema de atenção à saúde. Provocador, Vianna questiona e até ironiza a prática médica atual.
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