Surge nas principais economias do mundo nova vanguarda da produção, a economia do conhecimento. Em cada setor da economia, porém, aparece como franja que exclui a grande maioria de trabalhadores e empresas. O resultado da exclusão é deprimir o crescimento e agravar a desigualdade. Seguindo o exemplo de Adam Smith e Karl Marx, para quem a melhor maneira de compreender o regime econômico e suas possibilidades de transformação é estudar a produção mais avançada da época, Roberto Mangabeira Unger analisa o que a economia do conhecimento é e o que ela pode vir a ser. Para Mangabeira, o aprofundamento das produção de vanguarda e sua disseminação – o vanguardismo includente — são obras gêmeas. Juntas, têm potencial revolucionário: acelerar o crescimento, reverter a desigualdade e empoderar todos os participantes no processo produtivo. Para operar esta transformação, é preciso mudar não apenas práticas produtivas e instituições econômicas, mas também a educação, a cultura e a política. É preciso também contar com ideias que a teoria econômica estabelecida não fornece. Mangabeira esboça as grandes linhas destas alternativas de organização social e de pensamento econômico.
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